terça-feira, 27 de abril de 2010

:)

Mexi na minha gavetinha de lembranças. Tirei, delicadamente, a foto com o cachorro São Bernardo de cima das outras coisinhas e a desdobrei. Estava amassada, mas não deixava de ser linda com os rostos sorridentes dos jovens agasalhados. No canto, estavam as três caixinhas de veludo: a verde, a vermelha e a azul, com o anel esquecido. Em meio aos papéis, desenhos de um tempo em que era divertido desenhar, uma flor ressecada pelo tempo mas ainda cheirosa e três envelopes de carta. Duas delas, eu lembrava que existia. Mas uma delas, no envelope mais bonito, eu tinha esquecido a existência. Aquela tinha sido a primeira carta do começo dA AMIZADE e e terminava com um doce "churumela xD". Voltei a 2006, era bonito, cheio de conversas madrugais e a máxima soulmates never die. Verdade ou não, aquele foi um ano lindo, de pessoas importantes, de primeiras vezes e repleto de sentimentos. Devolvi as cartas aos seus lugares originais. As guardei junto com um sorriso nostálgico.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

lost at sea, as i should be

The mystery of salt and sea oh ho ho
Has never been intriguing oh ho ho
And to me but the sea
Green is set so beautifully
Against your thoughtful face
That I must close my eyes
And turn my face

Still floating soft
I am dreaming and I'm glad I lost
And still with my fingers
I'm drawing circles in the water
In the water
And still, still you're always there

lost at sea - eisley

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Everday feeling all of the magic in life and wonder...



Eisley - Marvelous Things

Darth Stevo | Vídeo do MySpace

Dark night, hold tight, and sleep tight
My baby
Morning light shall burst bright
And keep us here safely

I followed a rabbit
Through rows of mermaid entwined Shrubbery
Ah ah....
Oh what marvelous things but, they are, they are, they are
Giving me the creeps

______________________
Talvez, uma das coisas mais doces que já escutei, foi um colega dizer que esta música o faz lembrar de mim.

E ela me pegou assim, fácil.


ps: a qualidade está péssima, mas preste atenção apenas na canção.

...

Ás vezes, quando a noite cai, a cabeça enche. É muito passado, é muito presente, é muito futuro para se pensar. A vontade de largar tudo lhe sobe a garganta, junto com aquele nó que não desata nunca. E os olhos molham mornamente, junto com a ardência salgada típica. Por trás do riso solto, vivia a melancolia. Sentia saudades de tantas coisas, que as vezes esquecia das quais. Ansiava a volta daquele conversa entre amigas, daquelas ligações no meio da tarde, daquele amigo cibernético, daqueles tempos madrugais. Por isso, ligou o rádio e foi deitar-se. Aquele era seu refúgio: os lençóis amassados pela noite anterior e a voz doce que saía das caixas de som. Seu maior problema foi crescer.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

quinta-feira, 15 de abril de 2010

marvelous things

Os rostos estavam próximos, mas não o bastante para se tocar. O que valia, naquele momento, era o simples roçar, era a temperatura do rosto do outro e sentir a presença dele mesmo que estivesse de olhos fechados. A boca secava, o coração disparada. Uma doce espectativa que a fazia sorrir. Um sorriso sincero, quase infantil. Um misto de doçura com esperteza. Era bom assim. Por se sentirem próximos, se saciavam.

...

O frio lhe batia a face, que avermelhava. O nariz sardento já estava rosa, mas ela não ligava. Gostava daquela sensação e se escondia embaixo do cachecol. A lã fazia cócegas e lhe dava vontade de espirrar, mas isso não atrapalhava o pouco aconchego. Era assim, todos os dias, enquanto andava o seu caminho costumeiro. Os mesmos passos, o mesmo sono, o mesmo céu. Mas, a cada dia, era uma garota diferente que sentia os pés gelarem dentro do par de tênis surrado. O mesmo par que, há pouco tempo, era acompanhado por outro par de All Star gastos e cheio de histórias. Era assim a vida, não? Estava sozinha, mas embaixo do braço carregava um livro. Não era nada de especial, mas falava de uma noite longa, música e tinha boas piadas. Era assim, se apegava a uma história e queria vivê-la, de qualquer forma. Se imaginava dentro de um furgão, viajando embaixo do céu estrelado. Sozinha. Era uma alma solitária, apesar de estar sempre acompanhada por zilhões de pessoas. Era ela, sua mente e seus tênis. Ela gostava da companhia deles, e eles gostavam do balanço de seus cachos. Talvez seja por isso que todo mundo insistia em chamá-la de autista... e ela gostava de ter seu próprio mundo embaixo de seu cachecol aconchegante.

yep, my mind is dangerous...