terça-feira, 24 de junho de 2008

Nostalgina

Ah, aqueles bons tempos do chocolate quente.

Todos temos uma época ótima para nos lembrar, aquela na qual os dias eram mais divertidos, os amigos mais unidos, as músicas mais animadas e uma aura purpurinada (se vocês me permitem dizer) envolvia tudo e a todos. Uma época gloriosa, posso dizer.
Mas na realidade, esta época não era tudo isso, o que a deixa tão especial é aquele sufoco no peito que todos têm: nostalgia.

Sinceramente, não gosto de ficar nostálgica. Deixa-me inquieta, com um sentimento de que há algo faltando, mas há momentos que a nostalgia nos pega de surpresa e nos desarma: você acaba por se entregar a ela.

De zona leste à smurf, e de volta à zona leste.

Em 2005, eu havia acabado de terminar o ensino fundamental e começava o tão esperado ensino médio. Na minha pequena mente de uma adolescente cheia de energia, imaginava que encontraria o namorado perfeito, teria amigos para sempre e me divertiria como nunca. Ledo engano.
O primeiro ano do ensino médio, para mim, foi a extensão da minha oitava série: três meninas fanforronas, em seu próprio mundo, lembrando dos bons momentos que haviam tido no ano anterior. O primeiro semestre devo dizer que foi o pior, quase todos os dias chorávamos com saudades de nossos amigos e de nosso antigo colégio. Terrivel. Mas, quando já não aguentava mais aquela situação, tomei coragem de desistir.

Isso mesmo.

Sem me importar com comentários diversos, desde aqueles que diziam que eu não havia aguentado o ritmo, que era estúpida demais para o lugar, até aqueles maldosos que insinuavam que eu não aguentara o fato de não ter mais toda a atenção voltada para mim.

Desisti do colégio mega difícil que eu havia entrado sob mérito próprio, o qual se eu mantivesse em meu currículo durante todo o meu ensino médio talvez conseguisse bons empregos em um piscar de olhos, mas decidi voltar atrás e voltar para aquele colégio que sempre fora como uma segunda casa para mim.

Hoje me sinto nostálgica ao lembrar dos meus seis meses em um colégio tão arborizado, no qual passávamos a tarde toda deitada na grama verde, mas sei que fiz a coisa certa ao voltar para aquele lugar que todos que eu amava estava.

Passei bons momentos em ambos os colégios, mas acho que não me divertiria tanto quanto naquele que eu sempre estive e no qual me formei. A classe não era tão unida, mas via no corpo docente e na administração uma extensão de tudo aquilo que eu tinha em casa, eu tinha a liberdade de abraçar a coordenadora e pegá-la no colo (já que esta era um cotoco ¬¬) , ou de até mesmo invadir a sala dela e começar a fofocar sobre os mais diversos assuntos. Era prazeroso passar a tarde naquele lugar.

E agora, José?

Mas os bons momentos do Ensino Médio passaram, e agora a minha vida mudou. Faço faculdade, tenho um emprego, milhares de trabalhos para fazer e novos amigos. As vezes a nostalgia me agarra despercebidamente, mas já não é algo de todo ruim, lembro de tudo o que fiz com um sorriso no rosto e não mais lamentando o que passou.
Os bons momentos do chocolate quente em uma viagem à Argentina se encontram em um bom lugar dentro do album de minha vida, mas nem por isso lamento o quão ruim é a minha vida agora.

Mudei, mudarei ainda mais, mas estou feliz por isso. Afinal, crescer nem é tão ruim assim.


Vídeos da Idade D'Ouro









domingo, 20 de abril de 2008

O crescer crescendo no não-crescer

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Por que crescer se posso ficar em casa?


Crescer dá preguiça demais, terei que deixar o quentinho da terra semeada para sofrer com o ventos e a chuva que me maltrata lá fora.


Apontar para fora da superfície é algo intransponivelmente capaz nessa época, mas e daí se quero comer sorvete direto do pote e assistir Doug dividindo o sofá com o meu cachorro e namorado? Mas não, a plena preocupação do que nos espera na segunda feira de manhã nos vem atormentar até mesmo em feriados prolongados. E a grande busca do ser humano pela ordem, aquela mesma que fora destroçada no final da Bélle Époque, nos presenteia com o Sr homem do tempo predizendo qual será o clima durante o dia, que por acaso me deprime tanto quanto a musiquinha do Tele Curso 2000 às 5:30 da manhã.


Por favor, deixe-me dentro do meu protegido vaso envolta pelos grãos de terra que tanto me acalentam.



- estamos muito bem aqui, não é?














terça-feira, 8 de abril de 2008




Diálogos Paulistanos Parte I

Garota 1: Isso é mó bebê-diabo!
Garota 2: Mas afinal, o que é o bebê-diabo?
'Garoto explica para Garota 2'
Garota 3: Eu imagino o bebê-diabo sendo uma coisa verde com negócios vermelhos. (?)
Garota 2: Eu imagino sendo um bebê-vermelho e peludo...que nem um bode.

Nasce o diabo em São Paulo! (NP/11 de maio de 1975)
Durante um parto incrivelmente fantástico e cheio de mistérios, correria e pânico por parte de enfermeiros e médicos, uma senhora deu a luz num hospital de São Bernardo do Campo, a uma estranha criatura, com aparência sobre-natural, que tem todas as características do Diabo, em carne e osso. O bebêzinho, que já nasceu falando e ameaçou sua mãe de morte, tem o corpo totalmente cheio de pelos, dois chifres pontiagudos na cabeça e um rabo de aproximadamente cinco centimetros, além do olhar feroz, que causa medo e arrepios.


DEZ PONTOS PARA GAROTA 2!

terça-feira, 1 de abril de 2008

Não, Desbotoar não é desabotoar, e nem desabrochar, e muito menos desbotar.
Desbotoar é muito mais, simplesmente por que significa tudo isso.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Meu molejo é fenomenal!
Da cozinha vem aquele cheiro de janta que está quase pronta, do quarto do meu irmão a voz da Sandy irrita os meus queridos ouvidos, e eu aqui, sentada na frente do computador pensando no que escrever em meu mais novo blog. Já tive um, há muito tempo atrás, tempos de adolescência desentendida, com as minhas birrinhas pseudo-revoltadas, e exclamações de amor eterno pela a banda do namorado da Paris Hilton. As coisas mudaram? Nem muito.

Tenho quase 19 anos, isso é, já vivo o meu nonagésimo ano (não vou explicar a minha teoria agora, PENSEM!), finalmente estou cursando a Faculdade pela qual (mal) estudei grande parte do ano passado e estou feliz. É bom ter esta sensação de que ainda há muito para eu explorar, e realmente precisava de novos ares, de novas pessoas e de novos lugares, mas é claro que sempre mantendo os ares, as pessoas e os lugares que formaram o meu caráter junto comigo.

Se estou gostando de Jornalismo? Ah, siiiiiiiiiiim, estou adorando, mesmo que eu seja uma asna nesta profissão estou absorvendo tudo aquilo que mais gosto. Se estou gostando da Faculdade? Siiiiiiiiim, em pouco menos de dois meses já tive experiências bastante constrangedoras mas que já estava na hora delas acontecerem só para eu provar para mim mesma que não sou uma prisioneira da conduta moral da sociedade, afinal, sou jovem e é para isso que existo: fazer merda agora e amanhã salvar o mundo do Aquecimento Global.

Pois é, Natália Alves Eiras, virginiana somente de signo por que mentalmente é a mais pervertida de todas, uma rapariga que talvez nem traga muito para o mundo mas que ainda assim pode-se dizer que poderia estar pior. Mas espero profundamente algumas frustrações para render assunto para este blog que vou manter, mesmo que a pão e água.