segunda-feira, 26 de outubro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
madrugada
6 da manhã. sentados no chão da sala, dividiam um saco de rosquinhas de côco como duas crianças travessas. pela garganta, desciam goles generosos de coca cola e de seus pensamentos, coisas bobas e sérias ao mesmo tempo. à luz baixa, os pés descalços se encostavam meio sem querer. enquanto isso, os dois riam das ironias da vida, um riso cheio de açúcar e farelos de biscoito. e do rádio, uma voz doce feminina cantava a mesma música uma vez atrás da outra. a mesma canção, várias vezes seguidas, mas a cada vez, uma razão diferente.
tudo isso acontecia. toda a conversa/silêncio fluía. biscoitos eram mastigados, copos de refrigerantes eram tomados. e a garota só conseguia pensar:"um dia coloco essa cena em um filme!"
são cenas inusitadas que só a realidade pode nos dar.
tudo isso acontecia. toda a conversa/silêncio fluía. biscoitos eram mastigados, copos de refrigerantes eram tomados. e a garota só conseguia pensar:"um dia coloco essa cena em um filme!"
são cenas inusitadas que só a realidade pode nos dar.
sábado, 24 de outubro de 2009
breve #1
gosto de me encontrar em versos de música, em falas de filmes, em trechos de textos. gosto de encontrar um pouco de mim em você.
sobre a noite
Com os fones de ouvido e seu par de tênis preferido, ela saiu pelas ruas, sujando a lona do all star amarelo, ouvindo canções de ninar no aparelho de mp3.
A cidade dormia, a madrugada reinava, mas os olhos atentos da menina não deixavam escapar nem mesmo um detalhe daquela paisagem que tanto conhecia. Por ali, ela passava todos os dias: da faculdade para o trabalho, do trabalho para casa. Mas naquele momento, o ambiente ganhava novos tons, um cheiro diferente, ares do hibrido entre uma noite velha e um novo dia.
Se ela pudesse, ficaria ali, parada no canteiro central, olhando para a imensidão que era aquela avenida tão movimentada sob o sol, mas que descansava sob a luz da lua.
A madrugada lhe chamava. Naquele momento, ela se sentia acolhida pela cidade, mas a pessoa mais solitária no meio daquela selva de pedra.
E uma solitária pérola salubre escorreu sobre a pele clara da menina.
A cidade dormia, a madrugada reinava, mas os olhos atentos da menina não deixavam escapar nem mesmo um detalhe daquela paisagem que tanto conhecia. Por ali, ela passava todos os dias: da faculdade para o trabalho, do trabalho para casa. Mas naquele momento, o ambiente ganhava novos tons, um cheiro diferente, ares do hibrido entre uma noite velha e um novo dia.
Se ela pudesse, ficaria ali, parada no canteiro central, olhando para a imensidão que era aquela avenida tão movimentada sob o sol, mas que descansava sob a luz da lua.
A madrugada lhe chamava. Naquele momento, ela se sentia acolhida pela cidade, mas a pessoa mais solitária no meio daquela selva de pedra.
E uma solitária pérola salubre escorreu sobre a pele clara da menina.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Children grown having some laughs
Yeah having some laughs.
Sleeping in the back of my car
We never went far
Needed to go far
I don't know where we are going now
Yeah having some laughs.
Sleeping in the back of my car
We never went far
Needed to go far
I don't know where we are going now
So take a look at me now
dakota - stereophonics
foto: Adams Fehlauer
foto: Adams Fehlauer
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
dolce
meu hidratante é creme de baunilha e meu perfume, açúcar.
uso gloss de calda de morango e shampoo de chantilly.
visto-me de granulado e me enfeito em confete...
tudo isso para tentar adoçar essa vida amarga, tão amarga.
uso gloss de calda de morango e shampoo de chantilly.
visto-me de granulado e me enfeito em confete...
tudo isso para tentar adoçar essa vida amarga, tão amarga.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
notas norturnas
O mundo era pequeno demais perto de seus pensamentos e, de costas pra ele, ela procurava uma saída. Sentia que estava predestinada a ser um nada e deixava-se ser absorvida por osmose por aquele mundo faminto.
Por isso ela ouvia o som do envelhecimento vindo do relógio e observava a cidade para não ser vista. Camuflava-se no mistério, pois era um cordeiro vestido de lobo mau. De cada sorriso dela nascia um borrão de dor.
Sentada na calçada da rua suja, ela via deslumbres de vida vindo das luzes do prédio logo a frente. Ali encontrava uma colcha de retalhos do cotidiano. Uma rotina da qual ela não fazia parte e se sentia deslocada.
Acalentar-se naqueles dias frios foi sua saída para solidão. Sem notar, acabou sorrindo ao ver um cachorro passar. E a fagulha de seu sorriso incendiou o coração do moço que a observava...
Sentada na calçada da rua suja, ela via deslumbres de vida vindo das luzes do prédio logo a frente. Ali encontrava uma colcha de retalhos do cotidiano. Uma rotina da qual ela não fazia parte e se sentia deslocada.
Acalentar-se naqueles dias frios foi sua saída para solidão. Sem notar, acabou sorrindo ao ver um cachorro passar. E a fagulha de seu sorriso incendiou o coração do moço que a observava...
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And if we have to go now,
I guess there’s always hope,
Tomorrow night will be more of the same.
This night is winding down but
Time means nothing
Say that you’ll stay
after hours - we are scientists
foto: Adams Fehlauer
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
crisis detected
Gosto do escuro, mas não aguento mais ser esmagada por esse breu total. E eu sei que essa escuridão não vem de fora pra dentro, mas de dentro pra fora. São os meus sentimentos obscuros, a angústia e a ansiedade que insistem em me devorar.
Como me livrar de algo que tem sua fonte instalada dentro de mim mesma? Como evitar que esse animal me arraste para o lugar longíquo das lágrimas sem razão?
Eu poderia ficar bem por pelo menos mais de uma semana, não? Mas não, esse mesmo bicho nervoso e negro se remexe dentro do meu estômago. Esse monstro inquieto consegue até mesmo inibir as graciosas patinhas das formigas que, nos bons dias, caminham pelo meu coração.
Por isso eu ando escrevendo. Sempre brinquei que sou uma rockeira frustrada, mas (re) descobri na palavra o meu instrumento musical.
Como me livrar de algo que tem sua fonte instalada dentro de mim mesma? Como evitar que esse animal me arraste para o lugar longíquo das lágrimas sem razão?
Eu poderia ficar bem por pelo menos mais de uma semana, não? Mas não, esse mesmo bicho nervoso e negro se remexe dentro do meu estômago. Esse monstro inquieto consegue até mesmo inibir as graciosas patinhas das formigas que, nos bons dias, caminham pelo meu coração.
Por isso eu ando escrevendo. Sempre brinquei que sou uma rockeira frustrada, mas (re) descobri na palavra o meu instrumento musical.
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