O sol estava morno. A multidão, em frente ao palco, sorria enquanto a música tocava. Não ensurcedora, mas tocando o coração. As batidas, muito bem programadas, faziam balançar o corpo. Nada de tumulto, apenas amigos, cervejas para o alto, óculos de sol e sorrisos. Uma tarde de setembro, ao som de Fujiya & Miyagi, e tudo parecia certo. Estava tudo me seu lugar e éramos todos jovens numa tarde de sábado. Depois do festival, uma festa na casa de alguém, Augusta acompanhada por um mendigo, dono de um filhote vira-lata que, brincando, rasgara a minha meia-calça. O tipo de coisa que apenas eu lembro, que os meus amigos, que estavam comigo naquele dia, nem devem dar conta de tantas coisas boas e pequenas me proporcionaram. A alegria de um sábado à tarde, em um festival de música, no Parque Ibirapuera. Um festival que, por ter sido de graça, quase ninguém mais lembra dele. E hoje, eu vejo uma foto em um álbum do orkut, e sorrio. Foi naquele dia que, mesmo eu estando no início do fim de uma fase, tudo parecia estar do jeito que eu sempre quis. Boa música, boa companhia e sol da tarde. Tive tudo, por um dia.
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