quarta-feira, 30 de setembro de 2009
solução para mau olhado
terça-feira, 29 de setembro de 2009
caderneta
Meu bloco de notas é meu melhor amigo e a caneta é a nossa língua própria. Através da tinta azul conversamos sobre o que é a vida, o universo e tudo mais.
Meu bloco de notas é o meu tanque de pensamentos onde derramo a minha alma. Se fervo por dentro, a caneta é o apito da panela de pressão. E tenho uma cidade inteira fervendo dentro de mim. Uma cidade em pleno verão, sem chuva, sem água.
No meu bloco de notas encontro a brisa de outuno que vem afastar o ar abafado. Nele, me despedaço e deixo as folhas secas da tristeza descansarem em paz.
Nessas folhas eu escrevo em lapsos tão intensos que chego confundi-los com espirros. Algo que sai com uma fúria incontrolável, não esperando permissão.
E é no meu bloco de notas que o meu coração de escancara. Nele eu não crio personagens, mas crio eu mesma pois não sei quem sou. Talvez um dia eu encontre a resposta, dentro do meu bloco de notas (ou não).
Meu bloco de notas é o meu tanque de pensamentos onde derramo a minha alma. Se fervo por dentro, a caneta é o apito da panela de pressão. E tenho uma cidade inteira fervendo dentro de mim. Uma cidade em pleno verão, sem chuva, sem água.
No meu bloco de notas encontro a brisa de outuno que vem afastar o ar abafado. Nele, me despedaço e deixo as folhas secas da tristeza descansarem em paz.
Nessas folhas eu escrevo em lapsos tão intensos que chego confundi-los com espirros. Algo que sai com uma fúria incontrolável, não esperando permissão.
E é no meu bloco de notas que o meu coração de escancara. Nele eu não crio personagens, mas crio eu mesma pois não sei quem sou. Talvez um dia eu encontre a resposta, dentro do meu bloco de notas (ou não).
nuca
Os homens que sentavam perto dela no metrô se gabavam por ter-lhe arrepiado a nuca. Mal sabiam que era efeito do corte de cabelo.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
ode ao fuser
a brisa leve de início de primavera insiste em levar meus pensamentos pra longe.
vou amarrá-los com um barbante em um pé de cadeira para eles não se soltarem, esperando me concentrar na voz monótona do professor...
mentira, não quero prendê-los. quero deixá-los flutuar pelo ar abafado do meio dia, já que as minhas asas, até então quebradas, parecem sarar enquanto sonho em voar para longe daqui.
vou amarrá-los com um barbante em um pé de cadeira para eles não se soltarem, esperando me concentrar na voz monótona do professor...
mentira, não quero prendê-los. quero deixá-los flutuar pelo ar abafado do meio dia, já que as minhas asas, até então quebradas, parecem sarar enquanto sonho em voar para longe daqui.
texto escrito no meu bloco de notas em mais uma aula massante de jornalismo básico. c'est la vie.
domingo, 27 de setembro de 2009
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
saboreando palavras
Degusto palavras como uma criança se empanturra de calda de chocolate.
Me embriago delas como um homem em seus dias de bucólica solidão.
Porque a palavra é um vício do qual eu necessito.
saboreio
Me embriago delas como um homem em seus dias de bucólica solidão.
Porque a palavra é um vício do qual eu necessito.
saboreio
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Péssimo é quando...
...você estende a mão para ajudar uma pessoa e ela se recusa a pegá-la.Prefere se afogar na própria tristeza. Pois é.
ode à ansiedade
chega uma hora que você tem que se desligar. do mundo, de alguém, de algo. a minha hora chegou e já passou, pensei que tinha me desligado, mas ainda me sinto atada. sinto-me presa a dois cavalos e um caminha para direção oposta do outro. sinto-me sufocada por algo que vem de dentro de mim. gostaria de me livrar desse sentimento, mas ao mesmo tempo em que ele faz mal, ele vicia, enfeitiça e me dá aquela falsa sensação de prazer. só queria estar leve... novamente.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
pobre menina (não) solitária
Desde que ganhara seu próprio quarto, ele se transformou em seu mundo. Ele sintetizava o útero protetor de sua mãe, o depósito de seus sonhos e o acalento dos dias cansativos. E ali que ela havia baixado a sua guarda, esparramada, desarrumada, descabelada, mas feliz. Não se importava se suas roupas sempre muito impecáveis estivessem um caos, ela estava feliz por poder contemplar o gozo de estar sozinha, isolada do mundo, de todos, dos mals e, principalmente, dos bons.
Ela não temia seus inimigos, mas as pessoas que tinham o poder de fazê-la se sentir mais viva, que lhe estediam a mão quando o que ela mais precisava era de um afago e um copo d'água. Por isso preferia viver sozinha, ela sabia que, por ora, conseguia enfrentar seus problemas sem que precisasse de muito, mas se todas essas boas pessoas se aproximassem, como seria? Contar com elas e então perdê-las em um passe de mágica? Talvez fosse sindrome do super-herói, mas a mulher acreditava que sozinha, pelo menos, não corria o risco de um dia se sentir solitária, porque ela já o era.
Assim, ela tirou os sapatos, fechou o livro que acabara de devorar e colocou sua música favorita no rádio.
Xavia, who will save us?
Your smile's on fire
And still my heart
Won't let you down, the sound
Ali, parada no meio de seu ninho, ela balançava de um lado pro outro. Olhos fechados, braços relaxados, pés que se mexiam harmoniosamente. Nenhum passo de dança pronto, nenhum estilo definido, a música a levava para um transe próprio, onde a sola de seus pés ignorava totalmente o chão frio de azulejo.
Merda, a mulher pensou. Ao som da música, ela não conseguia parar de recapitular as risadas, os choros engasgados, as conversas que andavam povoando os seus dias. Era a vida de adulto, trabalho e estudos, mas aquelas pessoas... ah, por que raios ela foi conhecer aquelas pessoas? Intrometidas, se metiam nos seus problemas quando ela só queria era ficar consigo mesma, perdida em sua solidão, ela os odiava. Mas, então, por que eles a faziam se sentir tão mais leve? Por que as risadas eram verdadeiras e as brigas tão ferrenhas?
Ela apertou com raiva a tecla forward do rádio. Como se ele tivesse culpa de ela ter feito amigos. Pobre aparelho.
Ela não temia seus inimigos, mas as pessoas que tinham o poder de fazê-la se sentir mais viva, que lhe estediam a mão quando o que ela mais precisava era de um afago e um copo d'água. Por isso preferia viver sozinha, ela sabia que, por ora, conseguia enfrentar seus problemas sem que precisasse de muito, mas se todas essas boas pessoas se aproximassem, como seria? Contar com elas e então perdê-las em um passe de mágica? Talvez fosse sindrome do super-herói, mas a mulher acreditava que sozinha, pelo menos, não corria o risco de um dia se sentir solitária, porque ela já o era.
Assim, ela tirou os sapatos, fechou o livro que acabara de devorar e colocou sua música favorita no rádio.
Xavia, who will save us?
Your smile's on fire
And still my heart
Won't let you down, the sound
Ali, parada no meio de seu ninho, ela balançava de um lado pro outro. Olhos fechados, braços relaxados, pés que se mexiam harmoniosamente. Nenhum passo de dança pronto, nenhum estilo definido, a música a levava para um transe próprio, onde a sola de seus pés ignorava totalmente o chão frio de azulejo.
Merda, a mulher pensou. Ao som da música, ela não conseguia parar de recapitular as risadas, os choros engasgados, as conversas que andavam povoando os seus dias. Era a vida de adulto, trabalho e estudos, mas aquelas pessoas... ah, por que raios ela foi conhecer aquelas pessoas? Intrometidas, se metiam nos seus problemas quando ela só queria era ficar consigo mesma, perdida em sua solidão, ela os odiava. Mas, então, por que eles a faziam se sentir tão mais leve? Por que as risadas eram verdadeiras e as brigas tão ferrenhas?
Ela apertou com raiva a tecla forward do rádio. Como se ele tivesse culpa de ela ter feito amigos. Pobre aparelho.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Eu...
Penso. Penso. Penso. Penso. Penso. Penso. Penso. Falo. Falo. Falo. Falo. Falo. Penso. Penso. Penso. Penso. Penso. Penso. Penso. Penso. Penso. Penso. Penso. Penso. Penso. Falo. Falo. Falo. Falo. Falo. Falo. Falo. Falo. Falo. Falo. Falo. Falo. Escuto.
Essa é a verdade;
Essa é a verdade;
jogando a toalha
Ser mulher me faz mal. Essas repentinas mudanças de humor, essas dores abdominais, esse cuidado com a aparência. Tudo isso me cansa. Estou exausta de ser mulher. Eu gostaria de ser algo a parte. Nem XY, nem XX.
Queria não depender da biologia, não queria temer o que o meu próprio corpo pode produzir dentro de mim. Queria viver de microcosmos, pensamentos e risadas. Isso sim seria vida. Fotossíntese não está com nada, o que manda agora são as energias que regem o nosso universo. Gostaria de viver dentro de um buraco de minhoca, longe de tudo aquilo que nos faz humanos. Tristeza, ansiedade, amor, felicidade. Tudo isso dói em mim.
Eu errei ao dizer que ser mulher me faz mal. Ser humana é o que me consome.
Queria não depender da biologia, não queria temer o que o meu próprio corpo pode produzir dentro de mim. Queria viver de microcosmos, pensamentos e risadas. Isso sim seria vida. Fotossíntese não está com nada, o que manda agora são as energias que regem o nosso universo. Gostaria de viver dentro de um buraco de minhoca, longe de tudo aquilo que nos faz humanos. Tristeza, ansiedade, amor, felicidade. Tudo isso dói em mim.
Eu errei ao dizer que ser mulher me faz mal. Ser humana é o que me consome.
domingo, 13 de setembro de 2009
Por que coxa se bela, por que bela se coxa
K. diz:
*chuta a canela dela
K. diz:
*alias
K. diz:
*o joelho
K. diz:
*dá uma deslocada e pans
K. diz:
*vai andar como frango, pro resto da vida
- natália (C) diz:
*meo
- natália (C) diz:
*o pior é que ela tem um problema na bacia
- natália (C) diz:
*ela manca
K. diz:
*[có]
- natália (C) diz:
*ahahhahahHAHAHAH
- natália (C) diz:
*VC ACABOU DE DAR UM PUTA FORA
K. diz:
*UHAUAHUAHUAHUAUHAHUAUHAHUHUAUHAHUAHUAHUAHU
*chuta a canela dela
K. diz:
*alias
K. diz:
*o joelho
K. diz:
*dá uma deslocada e pans
K. diz:
*vai andar como frango, pro resto da vida
- natália (C) diz:
*meo
- natália (C) diz:
*o pior é que ela tem um problema na bacia
- natália (C) diz:
*ela manca
K. diz:
*[có]
- natália (C) diz:
*ahahhahahHAHAHAH
- natália (C) diz:
*VC ACABOU DE DAR UM PUTA FORA
K. diz:
*UHAUAHUAHUAHUAUHAHUAUHAHUHUAUHAHUAHUAHUAHU
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Saboreando palavras (parte II)
Adoro neologismos. E eu descobri isso hoje vindo para o trabalho. Sempre achei de uma finesa absurda aquelas pessoas que conseguem dar novos sentidos a palavras mundanas, tornar as sérias, engraçadas e as feias, em bonitas.
Neologistas são quase alquimistas. Transformar palavras é um dom e eu adoraria tê-lo, não sei. Para mim, é a forma mais simples de se fazer poesia ou de passar uma idéia. Imagine, pegar uma palavra e simplesmente reciclá-la para atender o que você precisa. E o mais engraçado é quando esses neologismos são tão disseminados que acabam sendo enraizados em nossa cultura, aí ele perde a sua configuração inicial e se torna uma nova palavra mundana.
E a verbalização? Ah, como é divertido tranformar adjetivos ou advérbios em verbos. Quando eu era mais nova e tinha um flog super conceitual (eca), eu postei algo como:
Me senti a verdadeira poeta!
Tsc, como eu gostaria de saber neologizar...
Neologistas são quase alquimistas. Transformar palavras é um dom e eu adoraria tê-lo, não sei. Para mim, é a forma mais simples de se fazer poesia ou de passar uma idéia. Imagine, pegar uma palavra e simplesmente reciclá-la para atender o que você precisa. E o mais engraçado é quando esses neologismos são tão disseminados que acabam sendo enraizados em nossa cultura, aí ele perde a sua configuração inicial e se torna uma nova palavra mundana.
E a verbalização? Ah, como é divertido tranformar adjetivos ou advérbios em verbos. Quando eu era mais nova e tinha um flog super conceitual (eca), eu postei algo como:
Eu supimpo
Tu supimpas
Ele supimpa
Nós supimpamos
Vós supimpais
Eles supimpam
Tu supimpas
Ele supimpa
Nós supimpamos
Vós supimpais
Eles supimpam
Me senti a verdadeira poeta!
Tsc, como eu gostaria de saber neologizar...
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Drops
É engraçado quando tudo parece estar perfeitamente engrenado e no ritmo correto. O riso é solto, as coisas parecem estar naturais, nada fora do lugar.
Gostaria de me deixar voar, sem barreiras, sem restrições. Mas sempre existe algo que me mantém atada à terra, que me impede de voar. E eu nunca sei se isso é bom ou ruim.
Gostaria de me deixar voar, sem barreiras, sem restrições. Mas sempre existe algo que me mantém atada à terra, que me impede de voar. E eu nunca sei se isso é bom ou ruim.
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