'Talvez seja isso'
Sentada no banco de praça, vendo os transeuntes passar, ela pensava. Simples assim. Ela pensava como nunca tinha deixado de pensar. A garota, dos tênis surrados e dos fones de ouvido, sempre considerara que este era o seu maior defeito. Pensava tanto que ela acabava esquecendo do porquê de estar pensando. De perder tempo por estar pensando ela sentia que o mundo acontecia sem ela. Por ficar divagando, devagar, ela percebia que poderia estar sentindo muito mais do que estava. Talvez se ela desamarrasse aquela cordinha que a prendia ao chão..... 'Oh, não... perigoso demais.' Autopreservação. Outro de seus problemas. De pensar e de se autopreservar ela não experimentou o gosto da terra quando criança, não comera caquinha de nariz, não pulara do trepa-trepa. E de pensar e de se autopreservar ela acredita que nunca voltará a se apaixonar. 'Posso me esconder agora?', ela perguntou, por fim. O que ela não sabia é que já estava se escondendo há muito tempo. Aquela pulga atrás da orelha, aquela desconfiança excessiva nunca a deixara brincar de viver.
Sentada no banco de praça, vendo os transeuntes passar, ela pensava. Simples assim. Ela pensava como nunca tinha deixado de pensar. A garota, dos tênis surrados e dos fones de ouvido, sempre considerara que este era o seu maior defeito. Pensava tanto que ela acabava esquecendo do porquê de estar pensando. De perder tempo por estar pensando ela sentia que o mundo acontecia sem ela. Por ficar divagando, devagar, ela percebia que poderia estar sentindo muito mais do que estava. Talvez se ela desamarrasse aquela cordinha que a prendia ao chão..... 'Oh, não... perigoso demais.' Autopreservação. Outro de seus problemas. De pensar e de se autopreservar ela não experimentou o gosto da terra quando criança, não comera caquinha de nariz, não pulara do trepa-trepa. E de pensar e de se autopreservar ela acredita que nunca voltará a se apaixonar. 'Posso me esconder agora?', ela perguntou, por fim. O que ela não sabia é que já estava se escondendo há muito tempo. Aquela pulga atrás da orelha, aquela desconfiança excessiva nunca a deixara brincar de viver.
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